segunda-feira, 18 de junho de 2018

4 Dicas Para Investir No Confinamento De Gado De Corte

Para trabalhar com confinamento de gado de corte é necessário conhecer todo o processo de confinamento. Aqui você verá tudo sobre criação de gado em confinamento para começar a colher os resultados na sua criação!
Você já trabalha ou pretende trabalhar com a criação de gado? Pois bem, para entrar neste ramo é preciso compreender que há duas possibilidades de atuação, que são a produção de leite ou de carne. Esta última é uma das modalidades de negócio mais difundidas no setor da pecuária brasileira, o que se deve ao alto consumo de carne bovina por parte dos brasileiros e também pelas possibilidades de exportação.
A sua intenção é criar gado de corte? Esta atividade pecuária exige uma série de cuidados para fazer a manutenção do gado, desde o momento do nascimento até a hora do corte. Afinal de contas, todos os processos que os animais passam podem influenciar na qualidade da carne que será obtida como produto final. Uma das principais etapas do manejo do boi está o confinamento, que serve para promover a engorda do animal, fazendo com que ele desenvolva mais carne em um menor período de tempo.
confinamento de gado consiste na engorda dos animais, mas não basta apenas alimentá-los, pois para que o procedimento seja feito da forma correta é necessário elaborar todo um planejamento, levando em consideração desde o local até os alimentos disponibilizados aos bois.
Quando se trata de animais, todo detalhe pode influenciar, principalmente no processo de engorda ou qualidade da carne, por isso é tão importante acompanhar de perto todo o processo, além de ter um veterinário especialista auxiliando. O tipo de ração e alimentação, por exemplo, devem ser balanceadas, com isso irá conseguir um melhor resultado.
Gostou da ideia de começar a trabalhar com gado de corte? Será preciso aprender tudo sobre confinamento de gado, por isso, confira este post que criamos exclusivamente para você!
Entenda o Que é o Confinamento de Gado de Corte
Antes de qualquer coisa, para que a sua criação de gado de corte seja bem sucedida é necessário compreender o que é o confinamento destes animais, processo de suma importância para aumentar a quantidade e qualidade da carne produzida. Portanto, o confinamento é classificado como o sistema de criação de bovinos, os quais são fechados em currais ou piquetes com área restrita, fornecendo alimentos especiais e água.
O sistema de confinamento é mais usado para a criação de bovinos, o que se deve ao fato de haver uma grande demanda pelo consumo de carne vermelha, o que faz com que haja a necessidade de os pecuaristas acelerarem o processo de desenvolvimento dos bois de corte para competir igualmente com os concorrentes.
No Brasil, tradicionalmente, o gado é criado no pasto, mas esta alimentação não é o suficiente para promover a engorda dos animais em um curto período de tempo, visto que eles ganham 0,5 kg por dia, daí surgiu o confinamento de gado para complementar este processo, promovendo a economia de tempo, visto que o peso médio ganho diariamente é de 1,5 kg.
O confinamento de gado é feito a partir de um conceito muito simples. Os animais são colocados em um local fechado ou aberto com área delimitada, mas que é confortável, em que um profissional é responsável por disponibilizar os alimentos e a água nos cochos pelo menos três vezes por dia ou mais, dependendo da necessidade de engorda do produtor.
Quais São os Benefícios do Confinamento de Gado de Corte
O confinamento de gado de corte é uma técnica que vem sendo cada vez mais utilizada pelos pecuaristas, o que se deve ao fato de oferecer diversas vantagens. Em primeiro lugar, uma das vantagens desta prática é aumentar a eficiência produtiva do rebanho, fazendo com que os animais ganhem mais peso em menor tempo, reduzindo a idade de abate dos animais, o que permite ao produtor ter matéria-prima contínua.]
O sistema de confinamento de gado de corte também é uma boa opção para as regiões que não contam com um pasto de qualidade, pois substitui a grama por uma ração de qualidade, composta por vitaminas que aceleram o ganho de peso. Além disso, o uso do confinamento de gado de corte também libera o pasto para as outras categorias de gado, acrescentando flexibilidade para a produção.

4 Passos Sobre Como Fazer O Confinamento De Gado De Corte

Basicamente, o confinamento do gado de corte é o processo de engorda dos animais, mas ele não consiste apenas na disponibilização dos alimentos, pois é composto por diversos aspectos que devem ser levados em consideração no momento de colocá-lo em prática. Acompanhe abaixo como fazer o confinamento de gado de corte:
1- Localização Para o Confinamento de Gado de Corte
O sistema de confinamento de gado de corte pode ser realizado em um curral ou em uma área com espaço restrito, sendo essencial escolher a localização adequada para montar o ambiente. É recomendado que a propriedade selecionada esteja em uma área rural, longe de rodovias e grande movimentação, o que pode estressar os animais ou facilitar a fuga, causando-lhe prejuízos.
Também é importante que a localização da área para o confinamento de gado de corte esteja próxima de fontes de água e de energia elétrica para fazer o abastecimento dos cochos e utilizar maquinários eletrônicos. O local para o processo de engorda do gado tem que ter um solo plano e bem drenável, sem a encanação de vento, evitando eventuais acidentes entre os animais.

Sempre que possível, mantenha os animais o mais longe possível da residência ou vizinhos, pois os mesmos fazem bastante barulho e principalmente, sujeira, o que causa odores que podem vir a prejudicar o seu negócio devido às reclamações dos vizinhos.
2- Estrutura Para o Confinamento de Gado de Corte 
Em se tratando da estrutura para o confinamento do gado de corte, a primeira coisa a se levar em consideração é o tamanho do local em que os bois serão colocados. Nesta etapa, você pode montar um curral de madeira ou alvenaria ou mesmo utilizar o próprio pasto, que deve ser cercado por piquetes reforçados de madeira. O local deve ter um espaço mínimo de 15 m² por animal para que ele possa se movimentar de forma confortável.
Na área de confinamento de gado você deve instalar cochos específicos para colocar os alimentos e a água. O ideal é canalizar a água no local. Estes objetos podem ser confeccionados em madeira ou metal, que é um material mais duradouro e fácil de higienizar. Também é necessário dispor de um galpão de 30 m² para fazer a preparação dos alimentos e o armazenamento do feno.
Tomar cuidado com a higiene do local é de suma importância, caso contrário, rapidamente poderão ser transmitidas doenças, o que lhe trará sérios prejuízos e muita “dor de cabeça”.
3- Alimentação Para o Confinamento de Gado
A alimentação é o ponto fundamental do confinamento de gado de corte, devendo ser feita com muito cuidado. O principal alimento a ser disponibilizados para os animais é o feno, que pode ser produzido na própria propriedade rural ou comprado de outros produtores. O feno deve ser composto por um pasto de qualidade e rico em nutrientes.
Outras opções muito utilizadas para fazer a alimentação do gado é o farelo, que acelera a engorda, além de poder ser combinado com quantidades moderadas de milho, sal grosso e até sorgo de soja. Os alimentos precisam ser distribuídos 3 vezes por dia ou mais, se o produtor quiser reduzir bastante a idade de abate dos animais. A água tem que ser disponibilizada de forma contínua, sendo trocada diariamente. Os cochos têm que ser limpos todos os dias para evitar o acúmulo dos restos de comida, que podem gerar a proliferação de bactérias.
4 – Manutenção do Confinamento de Gado de CorteO gado de corte confinado irá engordar mais rapidamente, o que pode ser notado facilmente a olho nu, mas somente isso não é o suficiente para atestar o desenvolvimento saudável dos animais. Pensando nisso, é recomendado que o pecuarista submeta o gado à consultas veterinárias semanais.
Os veterinários devem avaliar o desenvolvimento dos animais, checando o quanto estão produzindo de carne e de gordura. Dessa maneira, é possível ter mais controle sobre a qualidade da carne, além de obter informações para fortalecer ou reduzir a alimentação concedida ao rebanho.
Também, fornecer os produtos veterinários adequados pode facilitar bastante o desenvolvimento saudável do gado de corte, economizando posteriormente, tanto por doenças quanto no ganho de valor da carne, em razão da qualidade.
Fonte: www.novonegocio.com.br

O boi inteiro ganha mais peso que o castrado, porém, em algumas situações, o proprietário tem que trabalhar com boi castrado.

Durante as fases de crescimento e engorda do bovino, os tecidos não crescem com a mesma intensidade, sendo que os ossos têm desenvolvimento precoce, os tecidos adiposos desenvolvimento tardio, e os músculos, intermediário. Sendo assim, a proporção de músculos na carcaça aumenta inicialmente, decrescendo à medida que passa a predominar o tecido adiposo, com a elevação da proporção de gordura na carcaça. Por sua vez, a participação dos ossos decresce continuamente. Chama-se de maturidade química da carcaça o ponto em que o peso adicional contém pouca proteína adicional, e o animal passa então a depositar mais gordura. Dessa forma, o estádio de desenvolvimento no momento do abate tem grande influência sobre a composição da carcaça.
As mudanças nas proporções entre os tecidos e em sua composição durante o crescimento são influenciadas por vários fatores, dentre os quais se destacam peso, idade, raça, dieta e sexo.
Já é de conhecimento amplo que o boi inteiro ganha mais peso que o castrado, numa mesma condição de alimentação. Quem nunca ouviu dizer que “boi inteiro é melhor pra ganhar peso do que castrado?”. Apesar de, em algumas situações, o proprietário ter que trabalhar com o boi castrado, devido principalmente a dificuldades de manejo, quando se têm fêmeas na fazenda, pela dificuldade de acabamento a pasto, ou quando o frigorífico exige que os animais sejam castrados, há normalmente a preferência pelo animal inteiro.
Mas por que o boi inteiro ganha mais peso?
Essencialmente, essa “vantagem” do animal inteiro se dá pela composição do tecido depositado no ganho de peso. Traduzindo: o boi inteiro precisa ingerir menos energia para ganhar um quilo de peso. Mas por que isso acontece?
Bem, considerando-se animais de mesmo grau de sangue e com mesmo peso e idade, podemos citar algumas explicações para essa diferença. A primeira está diretamente ligada à relação entre gordura e proteína no ganho de peso. Para cada quilo de peso que o animal ganhar, no castrado haverá mais tecido adiposo, gordura, do que musculatura. E a gordura possui mais que o dobro de energia que a musculatura. Com isso, o animal castrado, para ganhar peso, tem que ingerir uma dieta com muito mais energia, ou então terá que ingerir uma maior quantidade de alimento. Isso, considerando-se que inteiro e castrado estão ganhando o mesmo peso. Assim, se ambos ingerirem a mesma dieta, o inteiro ganhará mais peso. Essa diferença varia de 15 a 20%, ou seja, o animal castrado precisa ingerir 15 a 20% a mais de energia que o inteiro para ganhar um quilo de peso.
A segunda explicação para essa maior eficiência do inteiro em relação ao castrado também está ligada à relação gordura e proteína no ganho de peso. Só que, dessa vez, isso não ocorre em relação ao teor energético dos tecidos adiposo e muscular, mas sim devido à proporção de água nestes tecidos. O tecido adiposo possui muito menos água que o tecido muscular, ou seja, na realidade, o boi inteiro tem muito mais água no ganho de peso. Essa diferença é muito grande. É claro que há variação entre animais, mas em média, o tecido adiposo contém 80% de matéria seca e 20% de água, e o tecido muscular contém 30% de matéria seca e 70% de água. Isso quer dizer que para cada quilo de tecido adiposo que o animal ganhar, na verdade serão 200g de água. Já no caso do animal inteiro, para cada quilo de musculatura que o animal ganhar, será 700g de água.
Faremos a comparação da necessidade nutricional de um animal que entra no confinamento com 14 arrobas, e sai com 18 arrobas, com ganho médio diário de 1.500 gramas/dia. Para alcançar este ganho, um animal inteiro deverá ingerir 6,89 Mcal/dia de energia líquida para ganho. Já no caso de um boi castrado, para ter este mesmo ganho de peso, seriam necessárias 7,92 Mcal/dia, ou seja, 15% a mais de energia (base de dados BR Corte, 2011, para zebuínos). Com isso, para obter um mesmo ganho de peso, o animal castrado precisa ingerir mais energia, que é um item de custo alto na alimentação.
No caso do animal a pasto, com ganho médio diário de 750g, a necessidade nutricional do boi inteiro seria de 3,21 Mcal de energia líquida para ganho, contra 3,69 Mcal/dia para o castrado.
A diferença também seria de cerca de 15% a favor do animal inteiro.
Neste último caso, da terminação a pasto, o raciocínio é parecido, mas devem ser feitas algumas considerações. Deve-se ter em mente que ao final do período de engorda, no acabamento da carcaça, há mais dificuldade em se ter acúmulo de gordura no boi inteiro. Isso porque, para que este animal deposite um bom teor de gordura na carcaça, ele teria que ingerir uma quantidade grande de energia, superior a sua capacidade de depositar musculatura. Isso muitas vezes leva à necessidade de uma suplementação em maior qualidade ou quantidade, ou aumento na oferta de forragem para este animal. Entretanto, neste último caso, como o teor energético do capim, mesmo que bem manejado, não é alto, é comum o animal inteiro levar mais tempo para chegar ao ponto de abate.
E é aí a grande dúvida do produtor: uma vez que este boi normalmente atinge acabamento numa idade mais avançada, isso acarreta dificuldade de manejo e diminuição da taxa de desfrute. Considerando então que o animal inteiro é mais eficiente para ganhar peso, a decisão de castrar ou não passa por fatores indiretos como: a dificuldade de manejo pela presença de fêmeas, maior dificuldade de terminação na entressafra (período seco), aumento do custo com manutenção de benfeitorias (brigas), menor desfrute, etc. Entretanto não se deve esquecer que os animais inteiros dão acabamento numa idade mais avançada, ou seja, com peso maior que os castrados, acarretando maior rendimento de carcaça.
Na realidade, existem vários fatores diretos e indiretos que influenciam na tomada de decisão entre castrar ou não os bois para a engorda, principalmente a pasto. O prêmio pago pelo frigorífico aos animais castrados será determinante. Cabe então ao produtor analisar todos esses fatores para fazer a escolha certa. E se a decisão for a de castrar (a pasto), que ela seja o mais tardia possível.

Fonte: www.rehagro.com.br

TRÊS PILARES PARA ENGORDAR UM BOI DE 20 ARROBAS AOS 20 MESES

TRÊS PILARES PARA ENGORDAR UM BOI DE 20 ARROBAS AOS 20 MESES

Nesta sexta, 18, o Giro do Boi levou ao ar trecho de uma palestra do médico veterinário e diretor do programa de melhoramento genético Nelore Qualitas, Leonardo Souza. A apresentação foi feita durante a Beef Expo 2017 e sua íntegra pode ser vista neste link.
Em sua palestra, Souza lamentou o fato de que 34% dos machos acima de 16@ abatidos no Brasil têm quatro anos ou mais. Segundo o veterinário, o ideal é reduzir a idade de abate, acelerar o giro do estoque dentro da porteira e, deste modo, aumentar a produtividade em arrobas por hectare ao ano.
Para tanto, o diretor do Nelore Qualitas selecionou três pilares para o pecuarista seguir e para produzir um boi de 20 arrobas abatido com até 20 meses. Veja abaixo:
1 -Estação de monta 70 dias: para o veterinário, esta é base todo processo. Isto porque se todas as vacas já pariram quando começa uma nova estação de monta na fazenda, o pecuarista tem um ganho operacional, pois a mão de obra fica toda voltada para cuidar da estação reprodutiva, sem perder foco cuidando de outras situações. “Só é possível uma vaca produzir um bezerro ao ano se estiver uma estação de 70 dias ou menos. Assim os bezerros são mais uniformes em relação ao peso, pois vão nascer todos em um período de pouco mais de dois meses, diferindo apenas em relação à genética”, indicou.
2: Emprenhar novilhas com 14 meses: “É bonito porque é possível produzir até 33% a mais de bezerros com a mesma quantidade de fêmeas na minha fazenda. Isso faz com que eu mude totalmente a quantidade de animais que eu posso vender no rebanho. Eu saio média brasileira de 20% pra 36% do rebanho”, afirma Souza, referindo-se à taxa de desfrute.
3 – Seleção para eficiência alimentar: “A gente quer animais mais eficientes para diminuir o custo produção e para que possa aumentar a lotação de pastos da fazenda”, resumiu o veterinário. Segundo ele, a meta do programa é selecionar bovinos mais eficientes que possam, nos próximos dez anos, aumentar em 10% a taxa de lotação das propriedades em que estiverem.
Sistema como esse,  destacou Leonardo Souza, alcançam produtividade de  até 18 arrobas por hectare ao ano. Veja abaixo a apresentação:
Fonte: www.girodoboi.com.br